quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Cruz de Todos os Povos

Está sendo construída no Brasil a terceira Cruz de Todos os Povos. Este bonito projeto se refere a construções de grandes cruzes sobre altos montes. Elas trazem a importante mensagem da fraternidade universal, da grande família de Deus, da desejada aliança dos homens com seu único amor: Deus. Nossa responsabilidade com isso é a unidade! As construções das Cruzes de Todos os Povos são aprovadas pela Igreja Católica e tiveram a bênção apostólica do Papa Bento XVI, do padre Gobbi do Movimento Sacerdotal Mariano, do Padre Jozo Zovko de Medjugorje, e muitos outros. A primeira Cruz de Todos os Povos foi construída no Líbano. É uma grande cruz luminosa de 73, 80m sobre o Monte Sannine, justamente no Líbano, próximo a Terra Santa, Libano que é mencionado várias vezes nos Salmos e Profetas. A segunda foi construída no México e terceira será construída em Divinópolis, MG, Brasil, chamada Cruz do Espírito Santo. Divinópolis significa Cidade do Divino. Esperamos que muitas outras sejam construídas no mundo inteiro. São Luis de Montfort promoveu a construção de muitas cruzes sobre montes nas cidades onde passou. Santa Margarida Alacoque comunicou pedidos de Jesus ao Rei da França, que nunca os atendeu nem se concretizaram. A construção de outras cruzes foi pedida em vários lugares de diferentes maneiras, mas não se concretizaram. Inclusive, em 1848, com Santa Catarina Labouré. Ela comunicou ao seu diretor espiritual dizendo que Deus lhe pedia a construção de uma grande cruz em Paris para servir de pára-raios espiritual. Ela escreveu: 
“Essa cruz se chamará Cruz da Vitória. De toda a França, das regiões mais distantes e até do exterior virá gente devota, outros em peregrinação, outros por curiosidade. Haverá proteções espirituais, de caráter milagroso. É a terceira vez que lhe peço a construção desta Cruz depois te ter consultado o Bom Deus, a Virgem Santíssima e nosso bom Pai São Vicente.” 
As construções da Cruz de todos os Povos se concretizaram e talvez sirvam para compensar as que não aconteceram. 

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Aparições do Anjo em Fátima

Em Fátima, um Anjo apareceu três vezes aos 3 pastorinhos em 1916, um ano antes das aparições de Nossa Senhora em 1917. Ele se identificou como Anjo da Paz e ensinou importantes orações e recados sobre a Eucaristia e os sacrifícios. Rezar as orações que ensinou já é uma das maneiras de se praticar a mensagem de Fátima. É notável a maneira como o Anjo se ajoelhou e se curvou totalmente diante do Santíssimo Sacramento, uma importante lição para nós. Veja o relato contado pela irmã Lúcia: 

Primeira aparição: ‘Andava eu com os meus primos Francisco e Jacinta a cuidar do rebanho e subimos a encosta em procura dum abrigo a que chamávamos a "Loca do Cabeço". Depois de aí merendar e rezar, alguns momentos havia que jogávamos e eis que um vento sacode as árvores e faz-nos levantar a vista para ver o que se passava, pois o dia estava sereno. Então começámos a ver, a alguma distância, sobre as árvores que se estendiam em direcção ao nascente, uma luz mais branca que a neve, com a forma dum jovem, transparente, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do Sol. À medida que se aproximava, íamos-lhe distinguindo as feições. Estávamos surpreendidos e meios absortos. Não dizíamos palavra. Ao chegar junto de nós, disse:  
'Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.’ 
E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão. Levados por um movimento sobrenatural, imitámo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar: 
‘Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.’ 
Depois de repetir isto três vezes, ergueu-se e disse: ‘Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.’  
E desapareceu. A atmosfera do sobrenatural que nos envolveu era tão intensa, que quase não nos dávamos conta da própria existência, por um grande espaço de tempo, permanecendo na posição em que nos tinha deixado, repetindo sempre a mesma oração. A presença de Deus sentia-se tão intensa e íntima que nem mesmo entre nós nos atrevíamos a falar. No dia seguinte, sentíamos o espírito ainda envolvido por essa atmosfera que só muito lentamente foi desaparecendo. Nesta aparição, nenhum pensou em falar nem em recomendar o segredo. Ela de si o impôs. Era tão íntima que não era fácil pronunciar sobre ela a menor palavra. Fez-nos, talvez, também maior impressão, por ser a primeira assim manifesta." 

Segunda aparição: “Fomos, pois passar as horas da sesta à sombra das árvores que cercavam o poço já várias vezes mencionado. De repente, vimos o mesmo Anjo junto de nós:
‘Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios.’ 
‘Como nos havemos de sacrificar?’ 
‘De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar.’ 
 E desapareceu. Estas palavras do Anjo gravaram-se em nosso espírito, como uma luz que nos fazia compreender quem era Deus, como nos amava e queria ser amado, o valor do sacrifício e como Ele Lhe era agradável, como, por atenção a Ele, convertia os pecadores. Por isso, desde esse momento, começamos a oferecer ao Senhor tudo que nos mortificava, mas sem discorrermos a procurar outras mortificações ou penitências, excepto a de passarmos horas seguidas prostrados por terra, repetindo a oração que o Anjo nos tinha ensinado." 

Terceira aparição: A terceira aparição ocorreu no fim do Verão ou princípio de Outono de 1916, novamente na "Loca do Cabeço", como descreve Lúcia: "Rezámos aí o terço e a oração que na primeira aparição nos tinha ensinado. Estando, pois, aí, apareceu-nos pela terceira vez, trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálix, algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes a oração:  
‘Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.’ 
Depois, levantando-se, tomou de novo na mão o cálice e a Hóstia e deu-me a Hóstia a mim e o que continha o cálice deu-o a beber à Jacinta e ao Francisco, dizendo, ao mesmo tempo: 
‘Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolei o vosso Deus.’ 
De novo se prostrou em terra e repetiu connosco mais três vezes a mesma oração: ‘Santíssima Trindade… etc.’ E desapareceu. Levados pela força do sobrenatural que nos envolvia, imitávamos o Anjo em tudo, isto é, prostrando-nos como Ele e repetindo as orações que Ele dizia. A força da presença de Deus era tão intensa que nos absorvia e aniquilava quase por completo. Parecia privar-nos até do uso dos sentidos corporais por um grande espaço de tempo. Nesses dias, fazíamos as ações materiais como que levados por esse mesmo ser sobrenatural que a isso nos impelia. A paz e felicidade que sentíamos era grande, mas só íntima, completamente concentrada a alma em Deus. O abatimento físico, que nos prostrava, também era grande."