Nascimento: A vida de Santa Maria Goretti vista de uma forma detalhada trás muitas lições para todos nós e não apenas o martírio pela castidade como muitos pensam. Foi uma menina de muitas virtudes e da santidade nas pequenas coisas e em cada ato de seu dia. Maria Goretti nasceu em Corinaldo, na Itália, no dia 16 de outubro de 1890. Seus familiares e todos os que conviveram com ela a chamavam de “Mariazinha” ou “Marietta” em italiano. Era filha de Luís Goretti e Assunta Goretti, casal muito pobre de trabalhadores rurais, mas de muita fé e oração. Eles tiveram 6 filhos: Ângelo, Maria Goretti, Mariano, Alexandre, Ercília e Tereza. Devido às dificuldades, mudaram várias vezes de lugar. Em 1899, foram para uma fazenda do conde Mazzoleni, onde já vivia a família Serenelli. Era uma terra pantanosa cheia de cobras e mosquitos que transmitiam a malária. Nessa região quente e pobre não havia escola.
Morte do pai: Um ano depois, em 1900, Luis Goretti faleceu de tifo e malária. Assunta, aos 39 anos, ficou sozinha com as crianças. Foi um duro golpe para a família. Tiveram que ir morar com os Serenelli. Moravam apenas com o senhor Serenelli, viúvo, estava entregue ao alcoolismo e com seu filho Alexandre, de 18 anos, afastado da fé e entregue a sensualidade. Alexandre conta: "Na minha juventude escolhi o caminho do mal que me levou à ruína. Via, através da imprensa, os espetáculos e os maus exemplos que a maioria dos jovens seguem nesse mau caminho, sem refletir. E eu fiz o mesmo sem me preocupar com nada.” Nessa ocasião, a pequena Maria Goretti tinha apenas 10 anos de idade e disse à mãe: “Mamãe, não fique preocupada. Deus vai nos ajudar. Sobreviveremos, a senhora vai ver. A senhora vai trabalhar na roça e eu fico tomando conta da casa e das crianças. Vou fazer tudo o que vocês me disserem. Vou aprender a fazer tudo bem.” Maria Goretti passou a cuidar de todos os serviços da casa e dos irmãos que tinham 7, 5, 2 anos e Tereza de apenas 6 meses enquanto a mãe trabalhava na roça.
Menina caridosa e trabalhadeira: A mãe mostra como a filha era trabalhadeira: “Maria Goretti se levantava comigo bem cedo e vestia-se rezando as orações da manhã. Depois preparava o café. Em seguida, descia para buscar água na fonte. Andava para cima e para baixo com os irmãozinhos. Ela limpava os quartos, a cozinhava, punha a mesa, tirava a mesa, lavava a louça, varria o quintal, cuidava da horta e do galinheiro, lavava roupa no rio, esfregava o chão, subia as escadas dezenas de vezes, levava água e comida para os trabalhadores, ia à Nettuno ou a Conca para vender ovos e pombos. Era sempre ela que ia fazer compras. Quando saía, ela não via a hora de voltar para casa. Ia correndo e voltava correndo. E fazia isso muito bem. Também cozinhava. E cozinhava bem. À noite, antes de dormir, ficávamos remendando roupas e ela me contava todas as pequenas coisas que tinha acontecido durante o dia. Falava dos irmãos e de tudo. Depois, acertávamos as coisas para o dia seguinte. Ficava do meu lado, junto da lamparina de óleo, remendando casacos, calças, camisas ou outras peças de roupa. Quando terminávamos, íamos para o quarto dos meninos para ver se estavam dormindo e ajeitávamos suas cobertas. Mariazinha, cansadíssima, caía morta de sono. Ela adormecia fazendo as orações da noite.” Um dia, os Serenelli reclamaram da comida. Ela respondeu humildemente: “Fiquem tranqüilos. Da próxima vez, vou fazer melhor.”
Vida de oração e Terço: Tão pequena ainda, Maria Goretti já mostrava sinais de grande santidade. A mãe disse: “Ela era corajosa e procurava me animar diante das angústias da vida. Ela tinha um coração generoso para comigo e os irmãozinhos. Nas refeições, ela sempre servia primeiro os outros. Sempre se servia por último. Não comia nada sem antes ter feito o meu prato e dos irmãos. Era muito devota de Nossa Senhora. Tínhamos um quadro de Nossa Senhora com o Menino Jesus que sempre levávamos nas várias mudanças de casa. Ela enfeitava este quadro com flores do campo e fazia os irmãozinhos rezarem diante dele. Todas as noites, rezava o Terço com a família. Nos últimos tempos, o Terço havia se tornado indispensável para ela e o trazia sempre enrolado no braço ou no bolso. Ia com prazer ao Santuário de Nossa Senhora das Graças em Nettuno, embora tivesse que enfrentar 4 horas de caminhada. Todas as noites, ela rezava um Terço a mais em sufrágio da alma de seu pai. Toda vez que ia a Conca, parava perto da porta do cemitério para rezar junto ao túmulo do pai.”
Menina obediente: Maria Goretti era uma filha muito obediente. Ela nunca desobedeceu à sua mãe. Ela nunca disse um ‘não’. E quando sua mãe achava que ela tivesse pegado pouca comida, dizia: ‘Mamãe, come a senhora, pois precisa trabalhar. Eu sou mais nova.’ E dizia com freqüência: “Coragem, mãe. A Providência nos ajudará.” Sua mãe tinha muito medo de cobras ao andar pelas matas. Mas ela dizia: “Deixe eu ir na frente. Eu não tenho medo.” E com um pedaço de pau, as afugentava ou matava.
Ajuda aos irmãos: Maria Goretti sempre andava com os irmãozinhos. Brincava com eles, mas também os repreendia. Ensinava-lhes tudo o que ela sabia sobre o Catecismo. Quando ela brincava, tudo ia em paz. Mas assim que se afastava para os afazes da casa, as brigas começavam.
Pureza e castidade: Alexandre conta: “Ela fugia da companhia das moças que moravam perto, pois a conduta delas não era séria.” Um dia, ela ouviu uma moça conversando de maneira indecente sobre um rapaz. Ela disse à mãe: “Se a senhora tivesse escutado o que aquela moça disse... Se eu tivesse que falar como ela, preferiria morrer.”
Pureza e castidade: Alexandre conta: “Ela fugia da companhia das moças que moravam perto, pois a conduta delas não era séria.” Um dia, ela ouviu uma moça conversando de maneira indecente sobre um rapaz. Ela disse à mãe: “Se a senhora tivesse escutado o que aquela moça disse... Se eu tivesse que falar como ela, preferiria morrer.”
Vontade de comungar: Aos 10 anos, Maria Goretti começou a pedir insistentemente para a mãe: “Quando é que vou fazer a Primeira Comunhão? Não vejo a hora.” Naquela época, somente as crianças acima de 12 anos podiam fazer a Primeira Comunhão. A mãe lhe disse que tinham muita coisa para fazer e moravam muito longe da igreja. Mas a menina respondeu: “Deus providenciará, mãe. Eu lhe prometo terminar todos os afazeres de casa e no tempo livre, gostaria de ir a Conca aprender o Catecismo com dona Elvira. Há também o Pe. Alfredo que vem de Cisterna até aqui. Ele também poderá me ensinar junto com outras crianças.” E a mãe respondeu: “Você não percebe que não sabe ler? Além disso, não temos dinheiro para fazer um vestido, nem comprar sapatos e o véu!” Quando a mãe lhe apresentou outras dificuldades, disse: “Querida mãe, desse jeito eu não vou fazer a Primeira Comunhão nunca!” Devido à insistência, sua mãe a submeteu a um exame com o pároco de Nettuno que disse: “Entregue sua filha a Nossa Senhora. Coloque-a sob seu Manto e não tenha medo.” E as testemunhas confirmam: “Maria Goretti foi ao Catecismo nos domingos durante 11 meses e ia à casa de dona Elvira, a roupeira do conde, todas as vezes que estivesse livre, mesmo que fosse por meia hora. Foi quase todos os dias a Conca para aprender o Catecismo.” Ou seja, andou 2 quilômetros quase todos os dias para aprender mais sobre a fé! Estava com apenas 11 anos e a mãe lembra: “Mais de uma vez me pediu para eu falar sobre as coisas da fé. Mesmo sem saber ler, aprendeu de cor a Ave Maria, o Pai nosso e outras orações que eu tinha ensinado, principalmente o Terço que lhe parecia indispensável, como o ar que respirava.
Santidade no dia-a-dia: Sua mãe disse: “Muitas vezes, antes de dormir, eu ficava contemplando essa minha filha e rezava por ela. E antes de apagar a luz, a abençoava. Como poderia imaginar um anjo melhor do que Mariazinha? Ela não era vaidosa, não ambicionava vestidinhos novos ou diferentes. Aceitava prontamente tudo quanto eu lhe dava. Zelava sempre para que os irmãozinhos estivessem decentemente vestidos e ela própria tinha o maior recato com sua pessoa. Tinha horror ao palavreado grosseiro, tanto assim era que sua boca jamais proferiu uma só palavra menos correta. Da mesma forma, detestava qualquer comentário desonesto. De sua parte, guardava a risca a exortação do padre na véspera da Primeira Comunhão: toma cuidado com a língua, porque ela é a primeira a tocar no Corpo de Nosso Senhor." Com tanta dificuldade e sofrimento, Assunta às vezes ficava nervosa e descontava na filha: “Se às vezes eu a recriminei, foi porque me sentia nervosa. E exagerava mesmo, sem que ela tivesse culpa. Até hoje me recrimino por isso. E ela aceitava com calma a reprimenda sem merecer e continuava seus afazeres sem ficar amuada.”
Primeira Comunhão com devoção: Finalmente, chegou o dia 16 de julho de 1901, dia da Primeira Comunhão de Maria Goretti. Ela disse ao seu irmão Ângelo: “Jesus não olha os sapatos, se são novos ou não. Ele olha o coração.” A mãe pobre conta como a vestiu: “Tomei emprestado o véu da senhora Albertini. O resto da roupa foi feito por mim. Enfeitei-a com meu colar e meus brincos, procurando furar-lhes as orelhas. Uma senhora lhe deu sapatos de presente e outra, a vela. Quanto à grinalda, foi feita de flores do campo. Nesse dia, ela não participou das brincadeiras com os irmãozinhos. Antes de sair de casa, pediu perdão a mim e a todos da família Serenelli. Ela ofereceu sua Primeira Comunhão em sufrágio da alma do pai. Na igreja, manteve um comportamento exemplar, sem nem olhar para os lados. Ao voltar para casa, via-se pelo seu rosto e pelo modo de agir de como estava feliz por ter feito a Primeira Comunhão.” E já manifestou o desejo de repetir perguntando à vizinha: “Tereza, quando é que iremos de novo?” E disse: “De hoje em diante, serei cada vez melhor.” Alexandre conta: “Daquele momento em diante, eu notei uma melhora muito grande em Maria Goretti. Nessa ocasião, ela se tornou mais devota e obediente, fruto de sua Primeira Comunhão. Não é de admirar que a pequena Maria crescesse assim tão boa, já que seus pais lhe davam o exemplo.” A mãe diz que ela passou a ser ainda mais cuidadosa e trabalhadeira: “Nesses últimos tempos, eu encontrava tudo pronto. Ela preparava o almoço, voltava a lavar roupa sem que ninguém a mandasse. E fazia mil outros serviços necessários. Parece-me vê-la ainda, a minha Mariazinha. Pobre menina, pulando com os irmãos e levando flores para o túmulo do pai. Parecia uma borboletinha.”
Poucas oportunidades para comungar: A piedosa menina teve a felicidade de receber a Eucaristia apenas cinco vezes: a primeira, em 16 de julho de 1901. A segunda pouco depois, em Netuno. A terceira, na Páscoa de 1902. A quarta, na Igreja de Campomorto. E a quinta, na hora da morte. Os motivos de poucas comunhões são vários: na igrejinha de Conca, distante 2 quilômetros de sua casa, a Missa não era celebrada nos meses mais quentes e no outono, por causa da lama causada pelas chuvas e os sacerdotes moravam longe dali, ou seja, ficava meses sem ter Missa. A igreja de Campomorto ficava distante 5 quilômetros e a de Nettuno, 10 quilômetros. Como não tinham condução, iam a pé e tinham que ficar fora de casa quase o dia inteiro. E naquela época, era obrigatório se confessar com o sacerdote antes de comungar. E o sacerdote de Conca, sendo ainda jovem, não tinha licença para ouvir Confissões de mulheres. Além disso, todos tinham que comungar em jejum, segundo normas da época. E ficava difícil para uma mãe deixar uma pequena menina caminhar 2 ou 5 quilômetros em jejum. Elas foram à Missa mais vezes, mas não comungaram em todas por causa desses vários motivos. Mas Maria Goretti conseguiu ser Santa tendo comungado apenas 5 vezes, ao contrário de outros que comungam muito! Assunta nos fala: “Quando eu ia, a levava comigo. E posso dizer que ela se confessava de boa vontade e com devoção. Era sempre a primeira a entrar na igreja e a última a sair. Depois da Confissão, procurava melhorar sua vida. À medida que ia crescendo, ia ficando sempre melhor.” Aos que a julgavam santa, disse: “Sabe-se lá qual de nós chegará no Paraíso primeiro.”
Tentações de Alexandre: Um dia, Alexandre foi até a jovem propondo-lhe coisas indecentes e impuras: “Ela reagiu prontamente à minha proposta, sem nem mesmo entender o mal para a qual eu estava convidando. Nos dias seguintes, ela procurava não ficar sozinha comigo. Notei bem isso.” E ameaçou à menina: “Se você contar à sua mãe, eu te mato.” Maria Goretti silenciou por vergonha.
Tentações de Alexandre: Um dia, Alexandre foi até a jovem propondo-lhe coisas indecentes e impuras: “Ela reagiu prontamente à minha proposta, sem nem mesmo entender o mal para a qual eu estava convidando. Nos dias seguintes, ela procurava não ficar sozinha comigo. Notei bem isso.” E ameaçou à menina: “Se você contar à sua mãe, eu te mato.” Maria Goretti silenciou por vergonha.
Martírio e perdão ao assassino: Alexandre Serenelli conta: “Quando tinha 18 anos, cometi um crime que hoje fico horrorizado só em recordar.” Ele comprou um punhal de 34 centímetros de comprimento, com uma ponta agudíssima, de três milímetros e guardou em seu quarto. No dia anterior ao martírio, Maria Goretti disse à vizinha: “Tereza, amanhã você me acompanha para ir à Missa? Não vejo a hora de comungar.” Na tarde do dia 5 de julho de 1902, a mãe de Maria Goretti e o pai de Alexandre partiram para os trabalhos do campo. Maria Goretti ficou sozinha em casa com apenas a irmãzinha de alguns meses. Alexandre voltou e pediu para ela costurar uma camisa. Ela se prontificou bondosamente em ajudá-lo. Alexandre tentou seduzi-la mais uma vez. Mas como Maria Goretti não cedeu, Alexandre a tomou violentamente pelos braços, tapou sua boca, arrastou-a para dentro e fechou a porta com um pontapé. Nisso começou a luta. A menina dizia: “Não, não! Deus não quer isso! É pecado! Você vai para o inferno!” Alexandre disse que ela parecia uma leoa, cheia de força e resistência. E furioso, Alexandre lhe deu 14 facadas em todo o corpo da menina que caiu no chão dizendo: “Jesus, Jesus, estou morrendo... Mamãe, mamãe...” Nesse momento chegaram sua mãe, a vizinha Tereza e o pai de Alexandre. “Minha filha, o que aconteceu?” A menina respondeu: “Foi o Alexandre. Ele queria que eu fizesse um pecado feio e eu não quis.” A mãe a perguntou: “Por que não contou à sua mãe?” Ela disse: “Mãe querida, eu tinha vergonha e não sabia como dizer isso. E ele disse que me mataria se eu contasse para a senhora. E não adiantou, pois me matou do mesmo jeito.” Levaram a menina para o hospital de Nettuno, onde ela ainda sobreviveu por mais 24 horas, 24 longas horas de terríveis dores e sofrimentos, 24 horas de longo martírio! Os médicos fizeram de tudo para salvá-la. Maria Goretti sofreu duas horas de terríveis dores durante a laparotomia sem anestesia devido ao seu estado. Eram 14 feridas profundas e 4 contusões. Foram atingidos o coração, os intestinos e os pulmões. O padre Martinho lhe perguntou: “Você deseja inscrita entre as filhas de Maria?” Ela respondeu: “Sim, muito senhor padre!” Ele disse: “Pois bem. Eu mandarei seu nome à Congregação de Roma, e desde já, dou-lhe a medalha de filha de Maria”. A mártir beijou a medalha de Nossa Senhora cheia de alegria. Na manhã seguinte, domingo, 6 de julho de 1902, recebeu a Sagrada Comunhão. A sua mãe perguntou-lhe: “Minha filha, você perdoa o seu assassino?” A menina respondeu: “Eu o perdôo por amor a Jesus e o quero comigo no Paraíso. Lá no Céu, rogarei para que se arrependa.” Quando o sacerdote lhe perguntou novamente, ela respondeu: “Eu já o perdoei. Que Deus o perdoe.” Nisso, o padre derramou lágrimas de comoção. E a mãe conta: “Quando vi que minha filha já estava no fim, beijei-a e ela me beijou também. Dei-lhe também para beijar o Crucifixo e a medalha de Nossa Senhora que eu trazia no pescoço.” E Maria Goretti partia para o Céu às 15h45min do dia 6 de julho de 1902, com apenas 12 anos de idade. Seus lábios expressavam um suave sorriso cheio de paz, o sorriso dos vitoriosos que morrem no Senhor. Esta notícia e sua fama de santidade se espalharam por toda a Itália.
Conversão de Alexandre: A mãe de Maria Goretti, apesar da grande dor, fez essa forte revelação: “Se minha filha tivesse cedido à tentação e ainda estivesse viva, eu sentiria uma dor muito maior do que tê-la visto morrer para permanecer fiel ao Senhor.” Alexandre foi preso no mesmo dia e pegou 30 anos de prisão. Devido à sua boa conduta na cadeia, cumpriu 27 anos. Ele se arrependeu do crime que cometeu. Depois de um tempo, disse: “Sonhei com Maria Goretti. Ela estava num prado de lírios brancos. Elas os colhia e os oferecia para mim.” No processo para a beatificação e canonização, ele aparece entre as primeiras testemunhas. Depois que saiu da cadeia, resolveu entrar num convento para ter uma vida de penitência. Ele foi aceito e dizia que os 27 anos na prisão não conseguiram satisfazer o sangue inocente derramado. A mãe de Maria Goretti sempre o perdoou. De joelhos, ele pediu perdão a ela que disse: “Se Maria Goretti te perdoou e te espera no Céu, eu também te perdôo.”
Canonização: Com muitos milagres ocorridos com sua intercessão, Santa Maria Goretti foi canonizada em 24 de junho de 1950, na praça de São Pedro pelo papa Pio XII na presença de sua mãe Assunta, dos seus irmãos e de Alexandre Sereneli, o assassino convertido. Depois disso, Assunta morreu aos 88 anos em 1954, em Corinaldo. Alexandre Sereneli morreu em 6 de maio de 1970 no convento dos Capuchinhos de Macerata. Ele escreveu: “Maria Goretti, agora uma Santa, foi o anjo bom que a Providência pôs no meu caminho. Ainda tenho impressas no meu coração as suas palavras de reprovação e de perdão. Ela rezou por mim, intercedeu por mim, seu assassino. Depois, vieram 30 anos de cárcere. Se eu não fosse menor de idade, teria sido condenado a prisão perpétua. Aceitei a sentença que merecia. Expiei com resignação a minha culpa. Maria Goretti foi realmente a minha luz e a minha protetora.” Para Santa Maria Goretti se dedicou a frase de Jesus: “Se o grão de trigo não cai por terra e não morre, é só um grão de trigo. Mas se morre, produz muito fruto.” Publiquemos as maravilhas do Senhor! Santa Maria Goretti, rogai por nós!