sexta-feira, 18 de abril de 2025

Linda carta da Beata Alexandrina

Veja esta magnífica carta da Beata Alexandrina ao seu diretor espiritual. Vemos seu grande amor e aceitação da vontade de Jesus para sua vida. Lembramos que a Beata ficava sempre acamada e de lá fazia adoração e guarda a Jesus nos Sacrários para consolá-lo:
 
"Viva Jesus.
Aprouve a Nosso Senhor que ainda não fosse a última a carta que lhe enviei: aqui me tem a agradecer-lhe a consoladora cartinha recebida segunda-feira, assim como o lindo santinho. Nosso Senhor lhe pague tanto cuidado que tem com a minha pobre alma. São apenas elas que me vêm trazer alguma consolação, o resto tudo me desapareceu. Nosso Senhor escondeu-se de mim, mas escondeu-se a valer. Bendito Ele seja e faça-se a Sua Santíssima Vontade. Eu não aspiro a outra coisa, senão a que ela seja feita em tudo como sempre. Eu só queria morrer de amor, queria ser a vítima da Eucaristia. Assim eu digo ao meu querido Jesus, que quero ser vitimada por Ele em todos os lugares onde Ele habita Sacramentado: e que consolação, ser vítima do amor de Jesus para Lhe acudir aos pecadores! E como é consolador dizer a Jesus: eu sou a sentinela dos vossos sacrários, assim como o soldado é a sentinela do seu quartel. Só com a diferença de que o soldado muitas vezes cumpre obrigatoriamente e com medo ao castigo, mas eu quero cumprir e ser fiel por amor a Jesus Sacramentado. Eu digo isto a Nosso Senhor, mas falta-me aquela alegria, aquele amor e fervor interior que eu sentia. Agora tudo é desolação e trevas. Mas o que eu quero é crescer sem limites no amor de Nosso Senhor, consolá-Lo muito e salvar-Lhe muitas almas: desempenhar o melhor que me seja possível a minha missão. Ainda não chegou a hora da minha partida, Nosso Senhor ainda não quis que eu fosse passar a festa de Santa Teresinha ao Céu, como eram os meus desejos. Eu vivo porque Nosso Senhor quer que viva. Porque as minhas poucas forças estão gastas e os meus sofrimentos são muitos, muitos; mas sofro-os com muito amor a Nosso Senhor."
 
Balasar, 30 de outubro de 1935