terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Aparição do Anjo em Cuapa, Nicarágua

Nas aparições de Nossa Senhora em Cuapa, Nicarágua, uma delas foi a aparição do Anjo em 8 de julho de 1980. Essa aparição ajudou a confirmar a autenticidade das aparições pelos fatos ditos pelo Anjo terem acontecido. Um dos detalhes que podemos tirar é a riqueza de detalhes e a gentileza do Anjo nos problemas comuns de alguns moradores de Cuapa naquele ano. O vidente Bernardo Martinez conta: 

"Enquanto dormia, tive um sonho. Havia um rapaz de Cuapa que estava preso. Sua irmã me pediu para que intercedesse por ele porque não podia falar com ele sozinha quando o visitava na prisão. No sonho, eu me ajoelhei e ergui as mãos rezando pelo rapaz. Quando baixei os olhos e olhei para as rochas onde a Virgem Santíssima havia aparecido, vi um Anjo. Ele estava vestido com uma longa túnica branca. Ele era alto e muito jovem. Seu corpo parecia banhado em luz. Tinha o físico de um homem. Não tinha adornos, manto, nem coroa. Simples, mas bonito. Seus pés não estavam sobre uma nuvem. Estava descalço. Ele tinha um comportamento amigável, gentil e grande serenidade. Ouvi o Anjo me dizer: "Sua oração foi ouvida. Vá e diga à irmã do prisioneiro para ir e consolá-lo no domingo, porque ele está muito triste. É para ela aconselhá-lo a não assinar um documento, pois irão pressioná-lo a assinar um papel no qual ele assume responsabilidade por uma soma de dinheiro. Ele é inocente. Diga que ela não deve se preocupar, que poderá falar com ele sozinha por um longo tempo. Que ela será tratada de maneira amigável. Diga para ir segunda-feira no quartel-general da polícia de Juigalpa para completar todos os passos para sua libertação porque ele será solto naquele dia. Diga para pegar 1.000 córdobas porque estabelecerão uma fiança.” A prima Zelaya queria saber como resolver o vício do alcoolismo com seu pai e seu irmão, porque os problemas resultantes em casa eram causados pela violência deles quando bebiam muito. Ela também queria saber o que podia fazer com seus problemas no trabalho como professora. Ela não queria perder o emprego, mas parecia que pouco a pouco, faziam com que negasse sua fé. O Anjo me respondeu dizendo: "As pessoas ao redor deles devem ser pacientes com eles e não devem reclamar quando estiverem inebriados. Vá e diga a eles para pararem com o vício, para fazê-lo pouco a pouco e que desse modo o desejo os deixará. Avise seu primo, pois irão assaltá-lo, baleá-lo no pé, ferindo seu calcanhar esquerdo, e que mais tarde irão matá-lo.” Ouvindo isso, disse ao Anjo: "Essa sentença sobre meu primo não pode ser revogada pela oração de vários Terços?" Ele respondeu: "Não. Será assim que ele morrerá, mas se ele ouvir seu conselho, sua vida pode ser prolongada. Sua prima não deve ter medo. Deve ficar firme como está. Não deve deixar seu emprego porque como professora que tem fé em Nosso Senhor, ela pode fazer muito bem às pessoas. Não vire as costas aos problemas e não amaldiçoe ninguém.” E desapareceu. Contei à Sra. Socorro no dia seguinte. Ela me perguntou como isso poderia ser se ela não podia falar com ele sozinha. Rezamos juntos o Terço pelo irmão dela que estava preso. Fomos vê-lo no domingo, 13 de julho. Ela ficou na cadeia sozinha com ele por muito tempo, e por causa disso ela pôde lhe dizer para não assinar o documento. Todos foram gentis com ela. Quando retornou a Cuapa, no mesmo domingo à tarde, ela pediu um empréstimo de 1.000 córdobas de um homem que nunca empresta nada sem impor alguma coisa. Ele emprestou o dinheiro a ela. Apresentaram o documento para o rapaz, mas ele se recusou a assinar. Libertaram o irmão e estabeleceram uma fiança de 1.000 córdobas. Ela lhes disse que era pobre e que poderiam baixar um pouco a fiança, e reduziram a 200 córdobas. Tudo foi cumprido. Logo saíram e voltaram a Cuapa, e vieram à minha casa para expressar sua gratidão. Sugeri a eles que viessem rezar o Terço. Ele saiu da cadeia na segunda-feira, 14 de julho, e no dia seguinte fui à prima Zelaya para lhes dizer sobre a mensagem recebida. Falei aos três. Ela acreditou em mim e me disse que poderia continuar trabalhando como professora. Meu tio escutou e me prometeu que tentaria deixar o vício pouco a pouco. Depois fui a cavalo diretamente para o rancho de meu primo que foi libertado, mas ele não acreditou em mim. Voltei para casa triste e rezei o Terço por ele. Poucos dias depois ouvi dizer que ele havia sido roubado e sua casa invadida. Retornei a Zelaya para lhe aconselhar e dizer para vender seu rancho e voltar a Cuapa. Assim, ele evitaria aqueles incidentes. Eu lhe falei sobre o roubo. Roubaram duas mulas dele. Eu lhe falei sobre um assalto. Eles arrombaram a porta uma noite e o roubaram de novo. Eu lhe disse que seu calcanhar esquerdo seria ferido. E assim foi. Durante esta segunda visita a Zelaya, ele mesmo me mostrou o ferimento, mas não acreditou. Disse que foi coincidência. Novamente voltei a Cuapa me sentindo triste. Desconsolado! Rezei o Terço por ele. Dois meses e um dia mais tarde, isto é, dia 9 de setembro de 1980, a cunhada dele que mora em Cuapa e que não acreditava em nada do que eu dizia, recebeu um telegrama avisando-a de que meu primo havia sido encontrado morto. Tudo aconteceu exatamente como o Anjo avisou.