As aparições e mensagens de Nossa Senhora em Banneux foram reconhecidas pela Igreja em 1949. apenas 12 dias após o término das aparições em Beauraing, Nossa Senhora começou a aparecer em Banneux, outra pequena cidade da Bélgica. Banneux se pronuncia "banô". No fim de uma rua, vivia a família Beco, sendo casal Julian e Louise e mais os 7 filhos. Mariette Beco era a menina mais velha, tendo 11 anos na ocasião das aparições. Os pais não davam muita importância para a religião e não iam muito à Missa. Mariette faltava muito do Catecismo, mas rezava antes de dormir. Ela tinha uma imagem de Nossa Senhora no quarto e um Terço achado na estrada próxima de sua casa. As aparições aconteceram durante o inverno de 1933, com muita neve e frio, sempre pelas sete horas da noite.
Primeira aparição – 15 de janeiro de 1933: Nessa noite escura e fria, pelas sete horas da noite, Mariette estava sentada perto da janela da sala esperando seu irmão Julian voltar da casa de um amigo. De repente, Mariette vê uma bela moça no jardim de sua casa. Ela parecia ter uns 18 ou 19 anos. Ela tinha um vestido branco como a neve, que sobe até o pescoço. E pela cintura passa-lhe uma faixa azul, duas pontas caem pela frente do vestido. A cabeça está coberta pelo véu, que lhe cobre também os ombros e os braços. O pé direito está descoberto, onde repousa uma rosa de ouro. No braço direito está pendurado um Terço. A Virgem sorri para a menina. Mariette chama a mãe, que depois de muita insistência, vê uma silhueta luminosa de uma senhora envolta em um véu. A mãe pensa que é uma feiticeira. Mariette pensa que é Nossa Senhora, pois ela sorri amorosamente. Ela pegou seu Terço e rezou enquanto via a Senhora no jardim. Depois, a Senhora levantou sua mão direita e acenou para Mariette pedindo que saísse. A menina disse à mãe que a Senhora a chamava. Mas a mãe fecha a porta com a chave. Mariette olha novamente na janela, mas a Senhora já havia desaparecido. Logo em seguida o seu irmão Julien chegou em casa. Na manhã seguinte, Mariette contou o ocorrido ao seu pai, que não acreditou. Na segunda-feira, 16 de janeiro, Mariette foi à escola e contou para a sua melhor amiga Josefina Leonard. A amiga achou que o padre Jamin deveria saber e contou a ele. Ele não acreditou, mas viu que poderia ser verdade e informou ao bispo. Mariette voltou a freqüentar o Catecismo na quarta-feira, muito animada sendo que antes era a mais desinteressada da classe.
Segunda aparição – 18 de janeiro de 1933: Nessa noite, fazia muito frio. Pelas sete horas da noite, Mariette sai da casa e ajoelha-se no jardim. O pai a observa de dentro da casa. A menina reza baixo e olhava para o lugar onde tinha visto a bela Senhora. De repente, Mariette estende os braços. Nossa Senhora vem vindo do céu, por passando entre os pinheiros do bosque cobertos de neve, em frente à sua casa. Mariette continua rezando o Terço e olhando a bela moça sorridente. Esta aparição em pleno inverno dura uns 20 minutos. O pai vê que algo realmente pode estar acontecendo. Ele sai de casa e fala com a filha, mas ela não responde e parece não sentir frio. Ele chama um vizinho para ajudá-lo, mas Mariette sai andando olhando para cima em direção à estrada. Ela pára e se ajoelha três vezes, rezando. Levanta-se e pára em frente uma fonte que havia na estrada. Nossa Senhora lhe diz: "Ponha suas mãos na água. Esta fonte está reservada para mim. Boa noite. Até logo.” Em seguida, Nossa Senhora sobe até o céu e desaparece. O pai, após testemunhar esta longa aparição, fala com o padre Jamin e pede para se confessar e comungar, coisas que não fazia deste menino.
Terceira aparição – 19 de janeiro de 1933: Nessa noite, Mariette sai de casa acompanhada por seu pai. Ela se ajoelha na neve e começa o Terço. De repente, estende os braços e pergunta: “Quem sois, bela Senhora?”A Senhora sorridente responde: “Eu sou a Virgem dos Pobres.” A menina volta a sair andando durante a aparição até a fonte, onde se ajoelha e pergunta: “A Senhora disse ontem: Esta Fonte está reservada para mim.’ Por que para mim?” A Virgem responde: “Esta fonte é reservada para todas as nações, para aliviar os doentes.” A menina diz humildemente: “Obrigada, obrigada!” Nossa Senhora disse: “Eu rezarei por você. Até breve.” E subiu ao céu como no dia anterior.
Quarta aparição – 20 de janeiro de 1933: Mariette se ajoelha no jardim. Minutos depois, pergunta: “O que deseja, bela Senhora?” Ela responde: “Eu desejo uma pequena capela.” Nossa Senhora abre as mãos e as estende. Com a mão direita, faz o Sinal da Cruz para abençoar a menina e desaparece.
Quinta aparição – 11 de fevereiro de 1933: Mariette rezou todas as noites no jardim, apesar do frio intenso, mas Nossa Senhora só voltou em 11 de fevereiro, dia da aparição de Lourdes. Durante a aparição, ela vai novamente andando até a fonte. Lá se ajoelha, põe a mão na água e se benze com o Terço. Nossa Senhora diz: “Vim aliviar o sofrimento.” Mariette avisa aos presentes que não sabia o que significa aliviar, mas acha que é algo bom, pois Nossa Senhora sorriu enquanto dizia isso.
Sexta aparição – 15 de fevereiro de 1933: Mariette diz: “Santa Virgem, o vigário lhe pediu para nos dar um sinal.” Nossa Senhora respondeu: “Acreditem em mim. Eu acreditarei em vocês.” Nossa Senhora confiou um segredo à menina e disse: “Rezem muito. Até breve.”
Sétima aparição – 20 de fevereiro de 1933: Ajoelhada na neve e enfrentando o forte frio, Mariette reza com mais fervor. A Bela Senhora conduziu a menina até a fonte. Ela se ajoelhou nos mesmos lugares das noites anteriores e chorou porque Nossa Senhora ia rápido demais. Ela disse sorridente na fonte: “Querida menina, reza muito.” Ficando mais séria, despediu-se: “Até breve!”
Oitava e última aparição – 2 de março de 1933: Caía uma chuva muito forte nesse dia. No terceiro Terço, a chuva pára. De repente, Mariette se cala e estende os braços olhando para cima. Nossa Senhora, que sempre veio sorridente, estava séria nesta noite e disse: “Eu sou a Mãe do Salvador, a Mãe de Deus. Rezem muito.” Antes de partir, Nossa Senhora pôs as Mãos na menina e se despediu dizendo: “Adeus.” Mariette chorou muito, pois entendeu que esta era a última vinda da Senhora.
Muitas pessoas começaram a ir a Banneux e beber a água da fonte. Muitas curas milagrosas aconteceram e as aparições foram reconhecidas pelo bispo diocesano em 1949. Mariette Beco casou-se e teve filhos. Sempre atendeu os peregrinos com boa vontade, mas era discreta e humilde. Ela ia ao local das aparições rezar, mas sem dizer ao povo que ela era a vidente. Ela morreu em 2 de dezembro de 2011, aos 90 anos. Em 2008, Mariette disse: "Eu não era mais que um carteiro que entrega a carta. Uma vez que isso foi feito, o carteiro não tem mais nenhuma importância." Ela faleceu sem nunca revelar o segredo que Nossa Senhora lhe contou.